Segundo informações do palestino-brasileiro Hasan Rabee, a passagem entre Rafah e o território egípcio ainda não foi aberta hoje.
O embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeias, declarou que não há previsão para a reabertura da fronteira para a passagem dos brasileiros. O comboio de ambulâncias, com prioridade na passagem, não consegue se deslocar do norte de Gaza para o sul devido aos bombardeios, impedindo a chegada à fronteira e mantendo-a fechada.
Em relação à inclusão de novos brasileiros na lista de autorizados a deixar a Faixa de Gaza, Candeias afirmou que ainda "não há nada de concreto," e a prioridade é retirar o grupo atual.
O governo brasileiro confirmou na quinta-feira (9) que os brasileiros já estão na lista de estrangeiros autorizados a cruzar a fronteira, mas a passagem permanece fechada desde ontem (10). O impasse envolve a liberação da passagem de ambulâncias para transporte de feridos ao Egito, condição para a passagem de pessoas.
O grupo aguardando para retornar ao Brasil é composto por 34 pessoas, sendo 24 brasileiros, 7 palestinos em processo de imigração e 3 palestinos familiares de brasileiros, incluindo 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens.
Desde 18 de outubro, uma aeronave da Presidência da República do Brasil está em Cairo, no Egito, aguardando a abertura da fronteira para repatriar o grupo.
Em relação à repatriação, desde o início do conflito, o governo brasileiro retirou 33 brasileiros que estavam na Cisjordânia, saindo pela fronteira com a Jordânia e embarcando em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Brasil. Os 1,1 mil brasileiros em Israel foram repatriados em seis voos da FAB.