O Vaticano anunciou que o bispo seria "afastado" de suas responsabilidades em decorrência de investigações em sua diocese, localizada em Tyler.
O Bispo Strickland representa uma figura proeminente em um segmento do catolicismo nos EUA que se opõe às propostas de reforma do Papa.
Sua destituição ocorre após as declarações de Francisco sobre o "atraso" de alguns líderes da Igreja Católica nos EUA.
Progressismo na Igreja Católica
Em julho, ele alertou sobre o desafio a muitas "verdades básicas" do ensino católico, incluindo as tentativas de "minar" o casamento "tal como instituído por Deus", restrito a uma união entre homem e mulher.
O Bispo classificou como "desordenadas" as iniciativas daqueles que "rejeitam sua inegável identidade biológica dada por Deus".
Em sua carta, ele sugeriu que as tentativas de alterar "aquilo que não pode ser mudado" resultariam em um cisma irreversível na Igreja, alertando que os verdadeiros cismáticos são aqueles que buscam mudanças.
Sob investigação do Vaticano, o Bispo Strickland recusou previamente a oportunidade de renunciar, desafiando o Papa a demiti-lo em uma carta aberta em setembro, argumentando que não podia abandonar seu rebanho renunciando ao cargo de bispo de Tyler.
A "Coalizão para Padres Cancelados", de orientação conservadora de direita, realizou uma conferência em apoio a Strickland durante a investigação.
O Vaticano comunicou que a decisão de demiti-lo "se deu após uma visita apostólica ordenada pelo Papa em junho passado à Diocese de Tyler". Além das questões teológicas, a investigação também abordou a gestão financeira da diocese.
Dom Strickland, de 65 anos, assumiu como bispo em 2012, durante o papado de Bento XVI.
*com informações de BBC
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