Trump sugere prisão de Gavin Newsom após provocação do governador

Foto: Trump desembarca na Califórnia / White House

Em um cenário de intensificação das disputas legais entre o governo federal e o estado da Califórnia, o ex-presidente Donald Trump propôs que seu chefe de fronteira, Tom Homan, detivesse o governador Gavin Newsom.

Questionado sobre a possibilidade de Homan prender o governador, Trump declarou: "Eu faria isso... Acho ótimo." A sugestão surge em resposta à postura de Newsom, que tem se oposto à ordem do governo de mobilizar a Guarda Nacional para conter manifestações violentas em Los Angeles, deflagradas por operações de imigração.

A prisão de Newsom — que, em 8 de junho, já havia respondido a ameaças de Homan nas redes sociais, desafiando o governo federal a detê-lo — representaria um agravamento considerável no embate entre a Califórnia e a administração Trump.

Tensão e acusações de abuso de poder

A recente decisão do presidente Donald Trump de mobilizar a Guarda Nacional na Califórnia sem a autorização do governador Gavin Newsom, em junho de 2025, representa uma escalada significativa nas tensões federativas e levanta sérias questões sobre os limites do poder presidencial nos Estados Unidos. Este movimento, que o próprio governador da Califórnia chamou de "ilegal, imoral e inconstitucional", é um dos poucos precedentes na história moderna dos EUA, com a última ocorrência similar datando de 1965.

Contexto e Ação de Trump:

A ação de Trump se deu em meio a protestos violentos em Los Angeles, provocados por operações de imigração. O presidente justificou a medida invocando uma provisão legal sob o Título 10, Seção 12406 do Código dos EUA, que permite a federalização da Guarda Nacional em casos de invasão, rebelião contra a autoridade do governo dos EUA, ou quando o presidente é incapaz de executar as leis do país com "forças regulares". Trump alegou que a situação em Los Angeles configurava um "perigo de rebelião"